terça-feira, 18 de setembro de 2007

Voar


Voo por entre prados vermelhos encandescentes, onde a lua brilha de dia e as estrelas diabulam sobre o chão. Árvores que crescem ao contrário, pássaros que cospem fogo, do chão nascem copos de cristal e eu páro para brindar comigo própria e a mim! Aqui o pensamento vira palavra e o som melodia que entra pelos poros e faz todo o corpo vibrar! Provo folhas de algodão que sabem a tudo, sabem exactamente ao que quero que saibam, a nada! Caminho em câmara lenta e á velocidade da luz rapidamente chego ao meu destino. Uma fonte que nasce nas nuvens por onde corre mel, é aqui que as estrelas brilham mais. Aproximam-se de mim a ronronar e querem ternura! Ternura essa que me esqueci de trazer na minha mala de bolso para esta viagem... têm fome e não as consigo alimentar! Provo o doce mel que corre da fonte, dizem que quem o prova para sempre dançará livremente ao som do silêncio! Era exactamente aqui que queria estar se não estivesse em lado nenhum. Deito-me no chão, vermelho encadescente, deste magnifico campo onde as estrelas brilham, sinto a melodia a percorrer a minha pele e vou vibrando e levitando, até voltar a voar...



Não faz sentido??

E nesta vida, alguma coisa faz sentido??

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